• Maio 14, 2010

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O que são economias de escala?

Economias de escala são os fatores que conduzem à redução do custo médio de produção de um determinado bem à medida que a quantidade produzida aumenta.

Desta forma, pode custar €25.000 produzir 1.000 pares de sapatos mas apenas €100.000 a produzir 10.000 pares. No primeiro caso, o custo unitário de produção é de €25 por par, enquanto no segundo caso apenas de €10 por par. Ora, se a empresa vender o par de sapatos a €35, ela poderá estar numa situação de prejuízo no primeiro cenário e numa situação confortável de lucro no segundo.

Como é que é possível obter-se economias de escala?

É possível obter-se economias de escala se a empresa, ao aumentar a sua produção, mantém inalterados (ou aumentando menos do que proporcionalmente) os seus custos fixos.

Se, no exemplo anterior, a empresa aumenta dez vezes a sua produção, passando de 1.000 pares de sapatos para 10.000 pares, sem necessitar de um aumento da mesma ordem de grandeza dos seus custos com rendas e alugueres, patentes, investigação e desenvolvimento, design, publicidade ou custos administrativos, ela é capaz de reduzir o custo médio de produção. É capaz obter este efeito mesmo que os custos variáveis, como as matérias-primas e consumíveis aumentem na mesma proporção do aumento da produção.

As economias de escala explicam por que razão algumas empresas, principalmente as do setor industrial, crescem de forma tão expressiva. Os ganhos de competitividade ao nível da redução de custos unitários podem ser tão importantes em setores muito concorrenciais ao ponto de determinar que uma empresa tem forçosamente que possuir uma dimensão mínima (que pode ser até bastante considerável) para simplesmente poder entrar num determinado setor.

Os setores onde a obtenção de economias de escala é mais comum são:

  • Automóvel
  • Exploração petrolífera
  • Petroquímica
  • Grande distribuição
  • Telecomunicações
  • Banca
  • Farmacêutica

Esta lista está longe de ser exaustiva. No limite, diríamos mesmo que todos os setores podem beneficiar de economias de escala, desde que exista algum grau de padronização da sua produção. Elas são a principal razão para as fusões e aquisições de empresas.

A procura de economias de escala tem um lado negativo: a complexidade. Algumas empresas tornam-se tão grandes que são praticamente impossíveis de gerir de forma eficiente. Os gestores de topo dessas organizações gigantes não têm outra opção se não a de criar diversos níveis hierárquicos, mecanismos de controle e todo o tipo de estruturas de apoio à gestão. A complexidade anula, pelo menos parcialmente, o benefício das economias de escala.

Nuno Nogueira

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