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21 dezembro 2017
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Cloud computing: está preparado?

A Computação em Nuvem (em inglês, Cloud Computing) evoluiu de uma tecnologia disruptiva para uma inovação válida nas áreas das Tecnologias de Informação e nos modelos de negócio adaptados e adotados pelas empresas que perceberam o seu valor. De uma forma muito simples, a computação em nuvem significa guardar e aceder a dados e softwares pela Internet em vez de utilizar a unidade de disco rígido do nosso computador.

O termo desenvolveu-se nos últimos anos e podemos descrevê-lo como a capacidade de armazenamento e cálculo efetuados por computadores na “nuvem”. A "nuvem" é uma metáfora à Internet e reflete o modo como os dados são guardados e acedidos através dessa ligação. O uso deste modelo segue o princípio da computação em grade. Este tipo de computação atinge grandes níveis de armazenamento e processamento, uma vez que divide as tarefas computacionais por vários computadores, que, no seu conjunto, criam uma única máquina virtual.

A Internet modificou o modo como interagimos em sociedade e como gerimos os negócios. Em vez de guardarmos os nossos dados e softwares nos computadores pessoais ou em servidores, guardamos na “nuvem”. Isto pode incluir aplicações, bancos de dados, e-mails e serviços de arquivo. A computação em nuvem permite aceder aos nossos dados e software do lado de fora do nosso computador. Com a tecnologia em nuvem, qualquer aplicação de computador ou serviço pode ser entregue através de uma rede ou pela internet, com o mínimo ou nenhum tipo de software e poder de processamento necessários.

A "nuvem" permitiu o crescimento explosivo de serviços baseados na Internet, desde serviços de pesquisa ao armazenamento off-line de dados pessoais (fotos, livros, música, etc) e a criação de novos modelos de negócios, como por exemplo o modelo «pay-as-you-go», que significa pagar apenas pelos recursos que usamos.

Podemos estar a usar a “cloud” agora mesmo. Se usarmos um serviço online para enviar e-mails, para editar documentos, para ver filmes ou para ouvir música, é provável que a computação em nuvem esteja a trabalhar para nós. Os primeiros serviços computacionais em nuvem já têm pelo menos uma década, mas atualmente várias organizações — desde pequenas start-ups a corporações globais, desde agências governamentais a entidades sem fins lucrativos — abraçam esta tecnologia por várias razões:

  • Criar novas apps (aplicativos) e serviços
  • Guardar, fazer back-up e recuperar dados
  • Alojar sites e blogs
  • Partilhar vídeos e audio
  • Entregue o software à medida
  • Analisar modelos de dados e fazer previsões

A evolução do conceito “cloud computing” é comprovada pelas facilidades e vantagens que esta tecnologia agrega. A computação em nuvem está cada vez mais no centro estratégico das empresas. As preocupações relacionadas com segurança e direitos de decisão estão longe de desaparecer, mas o aumento da velocidade de processamento, as melhores ligações de rede, a generalizada utilização de dispositivos móveis e a necessidade de tratamento de dados têm sido argumentos válidos para que empresas em todas as indústrias utilizem os serviços da “cloud”, nomeadamente a utilização de software.

Existem 3 tipos principais de modelos de serviços em nuvem, geralmente conhecidos como:

  • Software como um serviço (SaaS) - As aplicações de SaaS mais populares para empresas são as do Google e de Microsoft (Office 365), mas praticamente todas as aplicações empresariais, inclusive os ERP do Oracle e SAP, adotaram o modelo de SaaS. Tipicamente, as aplicações de SaaS oferecem opções de configuração bem como ambientes de desenvolvimento que permitem aos clientes efetuar as suas próprias modificações.
  • Infraestrutura como um serviço (IaaS) - A um nível básico, os fornecedores de IaaS oferecem serviços de armazenamento e computação numa base de pagamento por uso. A Amazon foi o primeiro fornecedor de IaaS e permanece líder, seguido da Microsoft Azure, do Google Cloud Platform e da IBM Cloud.
  • Plataforma como um serviço (PaaS) - Fornecimento de um conjunto de serviços e processos tecnológicos que visa assegurar a partilha de recursos e instrumentos para acelerar o desenvolvimento, teste e desdobramento de aplicações por parte dos seus utilizadores.

Dependendo das suas necessidades, um negócio pode usar um destes modelos de serviço ou uma mistura dos 3. A computação de nuvem tem 4 modelos quanto a opções de segurança e de acesso. Antes de movermos os nossos dados para a nuvem, deveremos analisar que opção serve melhor o nosso negócio:

Nuvem privada

Uma nuvem privada é a que representa maior segurança de utilização, uma vez que são, normalmente, construídas para um único utilizador. Esta opção reduz os potenciais riscos de controlo e acesso e é aconselhável se temos necessidades de proteção de dados ou informação crítica para o negócio.

Nuvem de comunidade

Uma nuvem de comunidade permite a várias organizações partilharem o acesso a uma nuvem privada, com considerações de segurança semelhantes a esta.

Nuvem pública

Uma nuvem pública é, conforme o nome indica, uma nuvem em que os serviços são apresentados numa rede para uso público. O armazenamento é da responsabilidade de uma organização externa. Normalmente, os fornecedores de serviços de nuvem pública como a Amazon, Microsoft ou Google possuem e operam a infraestrutura e autorizam o acesso via Internet. Este serviço oferece o maior nível de flexibilidade e redução de custos; contudo, é mais vulnerável do que as nuvens privadas.

Nuvem híbrida

Um modelo de nuvem híbrido tem as vantagens tanto dos serviços de nuvem públicos como dos serviços de nuvem privados. Estendendo as suas opções através de cada modelo diferente, obtém os benefícios de cada um deles. Por exemplo, podemos usar uma nuvem pública para os nossos e-mails como forma de poupar custos de armazenamento, mas guardamos os dados ou informação importante numa nuvem privada.

Vantagens da computação em nuvem

A maior vantagem é a possibilidade de usar serviços ou softwares que não estão instalados no computador, possibilitando a criação de um escritório virtual que pode ser gerido em qualquer lugar. No entanto, há outros benefícios:

  • Custos reduzidos – os custos com a criação e a manutenção de um sistema de TI são evitados, por exemplo.
  • Escalabilidade – A flexibilidade de ajustamento às necessidades de armazenamento e operacionalização é muito maior.
  • Segurança - Proteger os dados e sistemas é um fator importante na continuidade de qualquer negócio face a uma situação de crise.
  • Eficiência - A colaboração ou partilha em ambiente de nuvem dá ao seu negócio a capacidade de se tornar ágil e de facilitar, por exemplo, a comunicação entre todos os elementos da empresa.
  • Flexibilidade - A computação em nuvem permite que qualquer colaborador tenha a capacidade de aceder a dados ou informação a partir de qualquer lugar, sem estar restrito ao local de trabalho (desde que tenha ligação à Internet).

Riscos da computação de nuvem

Antes de considerarmos a mudança para um serviço de “cloud computing”, devemos refletir sobre alguns dos riscos inerentes à utilização desta tecnologia:

  • Nível de serviço – Os acordos de níveis de serviços são importantes, na medida em que estabelecem as responsabilidades do fornecedor do serviço, bem como obrigações da parte dos seus subscritores.
  • Segurança e recuperação de dados – o tipo de criptografia usada e a existência de um plano de recuperação de dados são aspetos importantes a ter em conta.
  • Localização e legislação dos dados - O fornecedor deve assegurar que armazena e processa dados em jurisdições específicas, assumindo o compromisso de obedecer aos requerimentos de privacidade do país de origem da empresa que contrata o serviço.

Irá a computação em nuvem manter o seu papel principal em revolucionar novos modelos de negócio? Creio que sim e teremos que estar preparados para quando (e não se) os riscos desta tecnologia forem mitigados pelos benefícios da sua utilização.

Ficheiros em anexo


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